Foi bem no auge do show do Bruce que refleti sobre 2 constatações.
A primeira é a admirável carreira do cantor que foi o ídolo dos jovens na década de 80, eu inclusive. O show dele é simplesmente incrível. Como ele faz jus ao apelido cunhado para ele na década de 70 “The Boss”. Ele move levemente as mãos e a banda dele entende do que se trata. Ele faz o mesmo com a platéia e todos fazem o que ele indica. Só que todos o fazem como um só coro. Ele consegue o feito de unir todos. E que talento ele tem com as pessoas. Deu atenção individual a todos que pôde. Não descansou um só segundo durante as 3h e meia de show. Um sorriso no rosto que é o mesmo de 40 anos atrás. Os anos se passaram e ele conseguiu se reinventar, criar novas músicas, novos estilos. Para ele a idade é mero atributo. As rugas e a calvície, charmes do tempo.
A segunda constatação foi saber que não é a idade que determina o que fazemos, mas o nosso estado interior, a nossa disposição a novas experiências. Quando vi a notícia que o Boss viria ao Brasil comprei rapidamente os ingressos. Falamos com amigos para juntar uma turma, mas no início desta semana, já desanimada com o cansaço, os compromissos de trabalho e todo o cotidiano com tudo que tem para ocupar todos os segundos disponíveis e os não disponíveis também, nos fez quase desistir do show. Estar lá, entretanto, foi uma das melhores coisas que fizemos nos últimos tempos. Primeiro por ter o privilégio de assistir ao show que foi maravilhoso e depois por sentir que não é preciso ter uma idade específica para “curtir” um programa de jovens, pois jovens podemos ser eternamente, independente da moldura!
Para quem não foi segue o link da primeira música que ele tocou de surpresa “Sociedade Alternativa” de Raul Seixas, depois de ter falado em português com a platéia. Foi o máximo! Agradeço ao Alexandre por ter dividido e curtido este momento incrível ao meu lado e os amigos Luis Ricardo e Iara. Luis Ricardo, aliás, sabia tudo do Bruce.