Há uns dois anos li uma notícia de que 2014 seria o ano em que o Facebook perderia milhões de usuários. Quando lançaram ações na bolsa novamente o assunto foi comentado.
Vivemos uma época em que as diversas tribos e comunidades ativas na internet surfam conforme as ondas as levam. Migram de uma hora para outra em um comportamento errático e volúvel. Acontece que as tais redes sociais dependem dos usuários para serem viáveis economicamente junto aos anunciantes, sua maior fonte de receita e lucro.
A migração já começou pela tribo dos adolescentes, principalmente. Em artigo da última segunda-feira da Folha de SP “Tenho 13 anos e nenhum dos meus amigos usa Facebook”‘ um adolescente novaiorquino relata que ele e os amigos preferem o Instagram e que o Facebook é utilizado por seus pais e avôs. Minha filha de 17 anos confirmou que o Instagram já é o preferido entre ela e os amigos, ou seja, é um comportamento dos adolescentes em geral. Estes mesmos adolescentes estarão em poucos anos ativos profissionalmente.
Uma das justificativas do garoto é a invasão dos anunciantes nos feeds, o que coincide com a crítica da coluna da mesma Folha de SP de Marion Strecker “Cheia”. Sufocada pela invasão nas redes e as provocadas pelos robôs que perseguem até mesmo as pesquisas na internet, inundando em seguida seu e-mail e páginas com banners e promoções.
Em todas as áreas as mudanças têm ocorrido na velocidade da luz e os efeitos podem ser devastadores para empresas tidas como inovadoras e promissoras, mas esta é a regra do jogo atual e a adaptação é o principal verbo que as pessoas e as empresas devem praticar para sobreviver aos próximos tsunamis da realidade virtual.