A coragem para lançar um livro há muito escrito e reescrito pode vir ao visualizar-se uma bela oportunidade para tal. Foi assim com o “Tibi e Quequé”. Quando ele foi escrito pela primeira vez e aos poucos, o desejo era único e exclusivo de registrar no papel, sendo ao mesmo tempo uma atividade lúdica junto com a pequena Nathy, as aventuras dos personagens imaginários que acompanharam a infância dela. O intuito também era de um dia poder levar a outras pessoas pequenos extratos do cotidiano de uma mãe e uma filha e como se pode transmitir algumas lições do cotidiano quase que “brincando”. Quando um filho cresce também há aquele desejo, pelo menos para mim aconteceu em diversos momentos, de resgatar aquele tempo em que o filho estava sempre a sua volta, sempre querendo sua companhia, sempre sorrindo e pronto para abraços e beijos. Havia dificuldades, sim, mas quando os filhos crescem elas se tornam mais complexas, demandam mais maturidade e serenidade para lidar com as transformações que eles passam e que nem os filhos nem tão pouco os pais estão preparados. Como dói o dia em que a filha pega as bonecas, aquelas que costumava brincar durante horas de casinha, brincando de vestir ou de tirar as roupinhas e diz: mãe não quero mais brincar de boneca.
Alguns anos se passaram e decidi mostrar o original para algumas pessoas. A primeira foi meu pai, depois a Adriana Florence. A Adriana visualizou transformações incríveis para o original. Apliquei todas elas, reescrevi, dei vida aos personagens das historinhas pelo sonho que ela teve. Adorei. E agora? Agora faltam as ilustrações. Foi quando o Indio Brasileiro Guerra Neto publicou com a Minha Editora o livro infantil, aliás dois volumes em dois anos, que ele escreveu com o pai tendo como personagem o filho dele, Ian. O exemplo dele me incentivou a ir adiante. O Guilherme Jotapê Rodrigues que ilustrou os livros dele se propôs a fazê-lo no Tibi e Quequé. Mais alguns anos se passaram e o projeto continuou na gaveta. A correria do trabalho parece apagar da nossa momória projetos e sonhos, mas de vez em quando temos que dar vida a eles para o cotidiano ficar mais leve. A vida mudou e casada com o Alexandre tivemos as gêmeas Juliana e Gabriela. Novas vidas, novos sonhos. Perto de completarem um aninho pensei é agora. Mobilizei minha equipe que respondeu lindamente ajudando em tudo. A Karin, o Daniel, o Fernando e todos que se empenharam me enchem de orgulho e alegria. O Jotapê fez um esforço sobrenatural para finalizar as ilustras. O Eduardo e a Vânia da Gráfica Prol, parceiros e amigos de anos, deram o belo presente da impressão da primeira pequena tiragem do livrinho. E eis que ele ganhou vida, não antes do Dr. Fabio Ancona Lopez escrever um belo prefácio, não sem motivo, pois foi ele que acompanhou desde o nascimento e o faz até hoje, as três princesas. Distribuí alguns livrinhos para as pessoas amigas, família etc. Recebi alguns feedbacksque me deixaram emocionada. Como o do João Victor, enteado da Fabiana Lopes Pinto. Ele coloriu as historinhas, não largou o livrinho e quis separar os brinquedos dele para dar para as crianças que precisam. Ele tem 5 anos, justamente a idade que imagino que as historinhas podem tocar mais. A Luisa Lima por meio da sua pequena Maria Julia também disse que gostou e achou o livro didático para esta idade. As historinhas em forma de pequenos contos não deixam a criança “enjoar”. Que bom, fico feliz. Agora o sonho é buscar publicar uma edição comercial ou a parceria com um fabricante de lápis de cor. O importante é que os sonhos nos movem. Aprendi e aprendo muito todos os dias com o meu marido Alexandre. Ele mais do que ninguém é “gente que faz” os sonhos acontecerem. Ao lado dele sou sempre “empurrada” para frente. Os desafios são como luzes no fim do túnel, oportunidades para irmos além, além de nós mesmos como o somos hoje, aquém de nós mesmos amanhã! Boa leitura!
- Capa do livro “TIbi e Quequé e as aventuras no mundo dos adultos”
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