Hoje foi amplamente anunciado nos jornais o transtorno causado pelas falhas no material das provas do Enem, causando enormes prejuízos aos estudantes, à imagem dos organizadores e da gráfica contratada para executar o trabalho. Conhecemos de longa data a RR Donnelley, pois imprimimos muitos de nossos livros nesta excelente empresa. Entretanto, os problemas existiram por um erro na concepção do projeto. Bastaria ao Inep ter contratado uma editora acostumada a trabalhar com material técnico-científico para que os problemas fossem facilmente evitados. O edital incluiu a diagramação nos serviços de gráfica, o que é um erro também. Desde a revisão dos originais, a diagramação, checagem das provas de pré-impressão etc., ou seja, todo o processo editorial se estivesse a cargo de uma editora, esta somente aprovaria para impressão o material que estivesse devidamente conferido e reconferido pelos profissionais competentes para tal função. O sigilo seria mantido por meio de contrato. Um profissional do Inep poderia acompanhar da mesma forma todo o processo, mas estaria sendo amparado por profissionais habilitados para o trabalho. É uma pena que todo o trabalho que imagno que tiveram fica manchado por erros banais, como caderno montado errado, erro de grafia “as homens” etc. Como diria o Boris Casoy “É uma vergonha!”.
Falhas no Enem 2010
Publicado por daniman66
Conselheira de Administração pelo IBGC com formação em engenharia Mecânica Aeronáutica e Mestre em Educação, além de especialista em gestão empresarial, planejamento estratégico e marketing interativo. Sustainability Management pela University of Cambridge. Climate Reality Leader (The Climate Reality Project, fundação do Ex-presidente Al Gore). ESG advocate. GRI Certified Training Center (Bridge3). Nos últimos 20 anos atuou como Vice-Presidente executiva e sócia na Manole Conteúdo. Diretora da Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR), Membro do conselho curador da Fundação Sociedade Brasileira de Pediatria (FSBP), Membro dos comitês: Empresas Familiares do IBGC, Meio Ambiente e Energia e de Propriedade Intelectual do ICC (Bridge3). Membro do WCD, Membro do GRI, Membro do IBGC, Membro do ICC (Bridge3). Ver mais posts
Olá Daniela.
Concordo com sua opnião, exceto neste ponto:
“Conhecemos de longa data a RR Donnelley, pois imprimimos muitos de nossos livros nesta excelente empresa. Entretanto, os problemas existiram por um erro na concepção do projeto. Bastaria ao Inep ter contratado uma editora acostumada a trabalhar com material técnico-científico para que os problemas fossem facilmente evitados.”
Se a RR Donnelley se propôs a fazer tal tarefa, é porque sabia das dificuldades logísticas que iria enfrentar, senão não seria prudente da parte dela.
O que aconteceu, revelou falta de preparo em algum aspecto chave da produção. Como bem dissestes, alguns erros foram banais, mas devido a importância do ENEM acabaram por tomar dimensões internacionais.
Gosto de usar um exemplo ocorrido na indústria automotiva, para ilustrar o caminho que deveria ter sido seguido:
Quando a Porsche estava à beira da falência em 2000, alguns de seus executivos proporam a criação de uma linha de SUV´S com o objetivo de agradar ao mercado dos EUA, que à época detinha mais de 70% das vendas.
Como não tinha experiência neste tipo de veículo, procurou a VW, que gostou da idéia e passou a desenvolver em conjuto uma plataforma comum.
Vários SUV´s americanos como a Grand Cherokee (à época já fabricada na Áustria) foram usados em experiências, onde suas qualidades e defeitos eram identificados e correções eram feitas na plataforma que estava sendo desenvolvida.
Em resumo, cerca de 4 anos depois, eram lançadas a Porsche Cayenne, VW Touareg e Audi Q7, que embora sejam carros distintos em mecânica, possuem a mesma plataforma.
Para a Porsche, foi a salvação da falência.
Tivesse a RR Donnelley procurado empresas/profissionais com experiência na área, os erros não teriam acontecido.
Abs!
Oi Dani,
Muito apropriado seu comentário!Realmente, essa poderia ter sido a solução.
Att.
Helena Mendes