As Leis de Incentivo à Cultura, como a Lei Rouanet, são, muitas vezes, utilizadas pelas grandes empresas para o investimento em livros que tenham cunho cultural. Atualmente, essa lei está passando por uma revisão e novas regras serão estabelecidas. Essas novas regras têm sido alvo de intensos debates. Um deles questiona acerca dos objetivos das empresas que investem e, por outro lado, se é garantido o acesso das pessoas em geral e, não-somente de uma minoria, às obras publicadas com o incentivo da Lei.
Analisando ainda o cenário nacional, há alguns dias, foi instituído pelo Governo Federal o “vale-cultura”. Este será um recurso passível de ser utilizado apenas pelas grandes empresas, que tenham como base o lucro real. O funcionário poderá utilizar o benefício para consumir bens e serviços culturais. A imprensa também questiona a validade e a real contribuição deste incentivo à busca de cultura pela população. Será que qualquer tipo de obra, show ou filme, realmente contribui para a formação cultural de uma pessoa?
Afora os grandes feitos ou tentativas por parte do Governo Federal e das esferas públicas, precisamos lançar um olhar sobre as iniciativas de pessoas e empresários que, igualmente preocupados em melhorar o acesso à cultura em nosso país, investem, sem qualquer benefício ou isenção de impostos, em publicações e ações que tanto significam para o público a que se destinam. Essas ações devem vir a público como exemplo de atuação responsável e comprometida com o ser humano em todas as suas facetas.
Como editora dos livros do IPC (Instituto Paulista de Cancerologia) orgulho-me de poder participar de um grupo de trabalho verdadeiramente comprometido com a melhoria da qualidade de vida das pessoas, não-somente do ponto de vista físico, mas também do emocional e do espiritual. Por meio das ações culturais do IPC, o ser humano é genuinamente valorizado e tratado de forma integral. É impressionante o número de pacientes que veem no IPC um instrumento de revelação de seus potenciais, muitas vezes desconhecidos deles mesmos ou antes não-desenvolvidos, por falta de uma oportunidade, de um incentivo, como os que são oferecidas pelo IPC.
O IPC publica tanto livros na área da saúde, que têm como objetivo levar conhecimento a profissionais, disseminando, assim, todo um legado de experiências em sua área de atuação, como livros destinados ao público em geral, contando histórias de vida, seus sofrimentos e alegrias, que tocam e emocionam, transformando vidas e destinos, motivando e encantando a quem se dá a oportunidade de embarcar nesta viagem, que é a leitura.
Parabéns ao IPC!
com a colaboração de Karin Gutz Inglez
Parabéns a todos! Projetos que incentivam a leitura são especialmente encantadores, mesmo porque estamos falando do Brasil onde as pessoas “se perdem” em meio a tantas vertentes culturais (das boas às ruins…) rs.